Bignoniaceae

Jacaranda jasminoides (Thunb.) Sandwith

Como citar:

Marta Moraes; undefined. 2018. Jacaranda jasminoides (Bignoniaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.433.677,136 Km2

AOO:

588,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados de ALAGOAS (Chagas-Mota 8233); BAHIA (Popovkin 1204); CEARÁ (Costa et al. 76); ESPÍRITO SANTO (Duarte 3896); MINAS GERAIS (Krieger 16094); PARAÍBA (Gadelha 2881); PERNAMBUCO (Andrade-Lima 50-596); PIAUÍ (Andrade-Lima ASE1306); RIO GRANDE DO NORTE (Gadelha Neto 3440); RIO DE JANEIRO (Ramos 1712); SERGIPE (A.Vicente 91)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de 6 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), popularmente conhecida por Carobo, foi coletada na Floresta Ombrófila e na Restinga, associadas à Mata Atlântica, nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe. Apresenta distribuição ampla, EOO= 1190491 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em distintas fitofisionomias de forma ocasional (Lohmann com. pess.). Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, embora esta espécie seja utilizada na medicina tradicional (Carvalho et al., 2018), aparentemente sem comprometer sua existência na natureza. Assim, Jacaranda jasminoides foi categorizada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Thunberg, C.P., Pl. Bras. Decas Tertia, 28: 36, 1937 De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Não. Nenhuma; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. Parque Nacional da Serra da Capivara e Parque Nacional do Araripe (ou FLONA do Araripe); 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. Restrita à Mata Atlântica; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Não. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Sim. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: Destruição da Mata Atlântica; (Lúcia G. Lohmann, com. pess. 12/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população. A frequência dos indivíduos na população é ocasional (Lohmann com. pess.)

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Estacional Semidecidual, Restinga
Detalhes: Árvore de até 6 m de altura (Carvalho et al, 2018) que ocorre na Floresta Ombrófila, Floresta Estacional Semidecidual, associadas à Mata Atlântica (Lohmann com.pess)
Referências:
  1. Carvalho, A.S.R., Andrade, A.C.S., Sá, C.F.C, Araujo, D.S.D., Tierno, L.R., Fonseca-Kruel, V.S., 2018. Restinga de Massambaba: vegetação, flora, propagação, usos. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ. 288p.

Reprodução:

Detalhes: Floresce na primavera e frutifica no inverno (Carvalho et al., 2018)
Dispersor: Anemocórica (Carvalho et al. 2018)
Referências:
  1. Carvalho, A.S.R., Andrade, A.C.S., Sá, C.F.C, Araujo, D.S.D., Tierno, L.R., Fonseca-Kruel, V.S., 2018. Restinga de Massambaba: vegetação, flora, propagação, usos. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ. 288p.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Foi coletada no Parque Nacional da Serra da Capivara (PI); FLONA do Araripe (CE)

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural
A comunidade de Massambaba utiliza esta espécie na medicina tradicional para tratar enfermidades da pele, como eczemas e furúnculos, e doenças parasitárias (Carvalho et al., 2018)
Referências:
  1. Carvalho, A.S.R., Andrade, A.C.S., Sá, C.F.C, Araujo, D.S.D., Tierno, L.R., Fonseca-Kruel, V.S., 2018. Restinga de Massambaba: vegetação, flora, propagação, usos. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ. 288p.